MÚSICA AMBIENTE – Grace Jones
Esta semana fui visitar a exposição “David Bowie” organizada pelo Victoria & Albert Museum (Londres) e exibida aqui no Brasil pelo Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Depois de receber no ano passado a exposição sobre a obra de Stanley Kubirck o museu paulistano acertou novamente com a mostra do acervo do cantor britânico: além de setlists, letras de músicas, manuscritos, instrumentos e desenhos a mostra brasileira inclui 47 figurinos, trechos de filmes e shows ao vivo, videoclipes e fotografias. É óbvio que ao terminar a visita fiquei com uma vontade tremenda de ouvir a música de Bowie, mas além disso senti uma nostalgia do período no qual ouvi a música dele pela primeira vez: os anos 80.
Naquela época existia uma cantora, modelo e atriz de 1,79 de altura e visual andrógino que, indiscutivelmente, se consolidava como um ícone: Grace Jones. A atitude performática, a amizade e colaboração com artistas como Andy Wharol, Keith Harring e Jean Paul Goude e o ecletismo musical são características que fazem dela uma espécie de duplo do Camaleão do Pop. Com sua voz grave a cantora jamaicana conseguia a proeza de apropriar-se de músicas tornadas famosas por outros artistas tão diversos como Edith Piaf (“La vie em rose”), Roxy Music (“Love is the drug”), Astor Piazzolla (“Libertango”) e o próprio David Bowie (“Nightclubbing”). Os vídeos, do minimalista “Private Life” ao exuberante “I’m not perfect (but I’m perfect for you) são todos um capítulo à parte.
Um mashup que prova a conexão entre esses dois artistas tão singulares e, ao mesmo tempo, tão parecidos:
- Re Lacerda
- 26 de abril de 2014
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