MÚSICA AMBIENTE: Maria Alcina

Em pleno sábado de Carnaval a casa é invadida por sons vindos da rua. Gargalhadas, gritos e música. Marchinhas, frevo, axé e sambas-enredo são onipresentes no rádio, televisão, etc. Não há como evitar. Devo confessar que não sou muito fã de Carnaval, mas acho que ele é uma boa desculpa para agitar o clima sonoro durante o dia. E nesse quesito Maria Alcina é imbatível. Original, inovadora, iconoclasta, divertida, voz grave, sorriso largo. Alguns vão lembrar dela como a jurada histriônica dos programas de calouros do Chacrinha e Silvio Santos, outros vão lembrar dela cantando músicas como “Prenda o Tadeu”. Ela é tudo isso e, felizmente para nós, muito mais: desde 2003 em parceria com o grupo de música eletrônica Bojo ela vem lançando discos no qual mistura músicas de autores novos e consagrados em arranjos inusitados. “Maria Alcina Confete e Serpentina”, gravado em 2008 (com o qual ganhou o prêmio da música brasileira de 2009 na categoria melhor cantora), tem ritmos entrecruzados e timbres sombrios, bossa nova, lounge e a clássica “Eu Quero Botar o Meu Bloco na Rua” numa versão pra lá de contemporânea provando que Maria Alcina é, na verdade, uma das mais surpreendentes cantoras deste país. Ouvi-la é imprescindível porque, como canta na faixa-título, “alguém tem que fazer o que é preciso/ invadir o inconsciente coletivo”. Ainda mais durante o Carnaval!
 
 

 
 
 
 

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