10 Tendências do morar em 2017

Recentemente participei de uma palestra sobre tendências em decoração em que foram abordados temas como: novos estilos de morar e perspectivas do mercado para os próximos anos. Como jornalista e em mais de cinco anos de Blog e, mais recentemente, como Designer de Interiores, pela primeira vez vejo o alinhamento das ditas “tendências” com a vida prática. Na verdade, nem gosto muito dessa palavra: Tendência, prefiro chamar de “movimento”. Então, seguem aqui reflexões sobre o que vi desse movimento que é viver o lar de forma mais plena e autêntica possível.

1 – Verdejantes tempos

O “verde folha” já foi eleito como a cor do ano. Ele está nos acessórios, móveis, tapetes, paredes e, claro, nas toneladas de plantas que vão invadir o seu entorno neste ano.

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2 – Pratique o desapego

Viver com menos. Essa é a nova ordem social e o que prega o “The Tiny House Movement”, que, além de casas menores, enaltece o viver de forma simples, em espaços mais eficientes e sustentáveis. Premissas compartilhadas também pelos adeptos da economia colaborativa. Então, pratique esse novo morar e reveja sua casa, suas formas de consumo e como pode melhorar suas condutas para viver de forma mais simples.

Pratique o desapego

3 – Minimalismo do conforto

Viver com menos, como falei antes, não significa viver sem conforto. A nova casa não ostenta, nem deve ter a impessoalidade das vitrines. O morar bem preconiza conforto e bem estar. A onda escandinava, muito bem traduzida pelo estilo “Hygge” de morar, mostra essa essência de criar em casa uma atmosfera simples e feliz para curtir as coisas e pessoas que você ama dentro do seu lar.

 

Minimalismo do conforto

4 –Recicle

Em tempos de economia instável e urgência em poupar o meio ambiente, reutilizar é uma atitude cada vez mais crescente na vida doméstica. Já falamos várias vezes disso por aqui. Dê novos usos para peças antigas: Cadeira vira criado mudo, cômoda vira bar, garrafas viram vasinhos. Reaproveite, mude de lugar ou de função, você vai ver que até aquela peça que você não gosta mais ou acha que não combina mais com sua casa pode ficar incrível.

recicle

5 – Tudo tem história

Quem nunca reclamou do piso desgastado, da torneira oxidada, daquela parede desgastada? Saiba que tudo isso é o reflexo da vida cotidiana de quem habita o espaço. Viver deixa rastros e você deve aprender a conviver com esse fato sem problemas. Celebre isso. Apenas não deixe o descaso e a falta de cuidado gerar um estresse desnecessário. Cuide e ame o seu lar, mas sem sacrificar sua rotina.

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6 – Móvel híbrido

Consumidores mais conscientes e casas menores, tem feito o design de mobiliário atingir um desenvolvimento nunca antes visto da história mundial. Os móveis com mais de uma função, para além da estética, já são os mais requisitados por essa geração que redefiniu que um pode ser mais que dois ou três.

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Móvel hibrido 1

Sofá, cama, gaveteiro e prateleira. O novo mobiliário é polifuncional.

 

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Cabide, espelho e porta utensílios. Desenho enxuto e móvel.

7 – Madeira natural

A madeira talvez seja o elemento que mais traz conforto em uma casa. Presente em abundância em nosso dia a dia, na natureza, a madeira está agora mais natural que nunca. Sem laca, sem cores, sem cobertura, apenas ela, crua com seus veios naturais incríveis. Use, preferencialmente, as oriundas de áreas de demolição.

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A madeira crua está em pisos, móveis e paredes.

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8 – Vida integrada

A casa não é mais feita de pequenos guetos. A TV saiu dos quartos e voltou para sala, reagrupando a família nos momentos de convivência. Em praticamente 100% dos lançamentos imobiliários a cozinha já vem aberta para sala, o que não isola mais o cozinheiro nem os funcionários da casa. A varanda também está integrada à sala, o banheiro ao quarto e muitos outros cômodos que vão se abrindo e dando espaço a uma vida mais fluida e unificada.

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Imóveis com grandes áreas abertas integram a família e já são os mais requisitados no mercado.

9 – A revalorização do “feito à mão”

Sem formas rebuscadas nem produtos “high tech”, o novo morar quer resgatar a arte do fazer à mão, de forma artesanal, para valorizar o único com suas imperfeições e sutilezas. Quem não prefere um café de coador ao da máquina Nespresso? Assim é a casa. Que vem deixando de valorizar a produção industrial em massa, para abrigar peças mais exclusivas, fundidas com a alma do criador.

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revalorização do feito à mão

Cestos, molduras, tapetes, mantas e muitos outros objetos feitos à mão ganham status de obra de arte na decoração.

10 – Clássico Revisitado

Ao conversar com um antiquarista você vai perceber que os tempos de vendas fracas ficaram no passado. Nos últimos anos as antiguidades, antes usadas em ambientes rotulados como clássicos, ganharam status de vintage e em 2017 eles serão ainda mais disputados. No entanto, desta vez, as peças mais robustas, como o sofá Chesterfield ou a poltrona Barcelona devem ser preteridos em favor de móveis e objetos menores ou que tenham dupla função. Cadeiras, aparadores, mesas auxiliares, banquetas, luminárias e muitos outros móveis e objetos criados nos anos 50 e 60 vão ficar mais cobiçados e mais caros, claro. Mas, como costuma acontecer, a indústria moveleira deve introduzir peças novas inspiradas nesses modelos antigos para atender a demanda do mercado.

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Os pequenos móveis com pé palito que estiveram em alta entre as décadas de 50 e 70 são hoje disputados e revisitados pela indústria.

 

Imagens via: Alanna Cavanagh, Home Decor, Editora Globo (Foto: Edu Castello), The Every Girl, Fresh Home, Convoy,  Negrelli e Teixeira Arquitetura, Dintelo.

 

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