MÚSICA AMBIENTE – Lauren Mann
Final de um ano, início de outro. Nesse período é comum sermos bombardeados por listas: o que foi in e o que ficou out, que personagens se destacaram, que fatos marcaram, quais foram os melhores do ano que passou entre filmes, livros, música e quais serão as novidades, tendências do que se inicia. Retrospectivas e expectativas. Dois lados da mesma moeda. É inevitável, portanto, entrar na onda e se perguntar: Quais sons representam os doze meses que se foram? Quais serão os que escutaremos em nossa casa nos meses que virão? Tenho a impressão de que as músicas de Lauren Mann podem responder ambas perguntas. Ouvi pela primeira vez a música dessa canadense em 2012. Navegava por um site de música e o desenho da capa do álbum, “Over Land and Sea”, chamou minha atenção, “Lauren Mann and the Fairly Odd Folk” era o nome da banda. Logo na segunda canção escuto assobios, Ukelele, música em crescendo e a voz acolhedora de Laurenn cantando “Hey, we’ve got the world to see/So let’s forget our anxieties and get on our way”, assim era a canção “I lost myself”: simples, mas com tudo no lugar certo para fazer você fechar a porta de casa atrás de você, sair para o mundo e ficar de bem com a vida.
Passaram-se quatro anos e reencontro aquela voz e melodias em novas canções embaladas em um presente: “Dearstly” surge no meio do ano passado no esquema pay-what-you-feel. Desde então esses carinhos sonoros se espalham pelo meu ambiente. Mas desta vez não havia uma canção especial, mas três, uma após a outra! Músicas alegres que eram como que um empurrão amigo, um impulso para encarar de frente mudanças (“New Beginning”), para trocar segurança por liberdade (“Are you safe or are you free”, canta Lauren em “Brave Face”), me dizendo que nessa caminhada nunca se está sozinho (“See the world for what it really is/People feeling all the same things you feel/You’re not alone in this/Everyone’s wondering/How do I make this real”, em “Beautiful Place”). E ainda havia um abraço afetuoso lembrando que depois de tanto andar há sempre que “hibernar”, dar tempo ao tempo para ganhar perspectiva do caminho percorrido (“Hibernate”). E havia mais: canções tão lindas quanto distintas (o slow soul “Make Smooth”, a chanson “St. Lawrence”, a balada “Wooden Heart”). E assim tem sido, essas músicas foram o som ambiente da casa durante vários dias de 2016 e tenho certeza serão também deste e dos próximos anos. Ouça e sinta o carinho de Lauren em cada nota. E se gostar tanto como eu peço que faça o mesmo que fiz: além de “pagar o que sentiu”, agradeça a ela e compartilhe com todo mundo.
- Re Lacerda
- 11 de fevereiro de 2017
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